No Mês do Orgulho saiba como ser mais inclusivo
Publicado em 27/06/2023
No mês de junho, comemora-se o Dia do Orgulho, um movimento que teve início em 1969 em Manhattan, na cidade de Nova York, nos Estados Unidos, logo após uma abordagem policial truculenta em um bar frequentado por pessoas LGBTQIAP+. Naquela época, essa invasão deu origem à conhecida Revolta de Stonewall, na qual os frequentadores resistiram à ação da polícia. Esse evento foi um marco importante na luta pelos direitos da comunidade. Um ano após o ocorrido, ativistas foram às ruas para comemorar a data que ficou conhecida como Dia da Libertação da Christopher Street, atualmente reconhecida como a primeira marcha do Orgulho Gay. No Brasil, o casamento homoafetivo foi legalizado apenas em 14 de maio de 2013. Portanto, é responsabilidade de todos pensar em formas de garantir esses direitos. A HDI se empenha diariamente em promover a inclusão e diversidade em todos os seus escritórios pelo país. Reconhecemos a importância desse tema e, por isso, gostaríamos de compartilhar alguns termos que podem contribuir para uma maior inclusão em seu cotidiano. O que significam as letras LGBTQIAP?
A partir dos movimentos de visibilidade no século XXI, a sigla LGBTQIAP+ passou a abranger um público maior. Com isso, temos a representação das comunidades de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Transgêneros, Travestis, Queer, Intersexuais, Assexuais, Pansexuais e as demais orientações sexuais e identidades de gênero. Qual a diferença entre orientação sexual e identidade de gênero?
Os dois termos são bem diferentes, pois se referem a características distintas de cada indivíduo. Orientação diz respeito à maneira como uma pessoa se relaciona afetivamente com outras, ou seja, por quem ela se sente atraída. Já a identidade de gênero está diretamente ligada à forma como uma pessoa se reconhece e se identifica socialmente. Essa identidade pode ser dividida em três grupos: cisgênero, que se reconhece com o gênero que lhe foi atribuído ao nascer; transgênero, que não se identifica com o gênero de nascimento; e pessoas não binárias, que não se enquadram dentro dos padrões tradicionais de gênero e podem transitar entre eles. Use sempre a palavra "homossexualidade" em vez de "homossexualismo"
As relações homoafetivas já foram consideradas distúrbios mentais, e o sufixo "ismo" em sua terminologia está relacionado a doença. No entanto, desde fevereiro de 1985, o Conselho Federal de Medicina aprovou a retirada da homossexualidade do código de desvios ou transtornos sexuais no Brasil. Portanto, o uso da palavra "homossexualismo" é incorreto. É mais adequado utilizar o termo "homossexualidade" para se referir à orientação sexual de pessoas que se sentem atraídas emocional, romântica e sexualmente por pessoas do mesmo gênero. Tente utilizar todas as letras da sigla LGBTQIAP+
É um gesto simples, mas de grande significado, sempre que possível, pronunciar corretamente as siglas. Isso demonstra comprometimento em reconhecer, valorizar e respeitar todos os grupos de diversidade. Não se fala “opção sexual”
O termo é incorreto, afinal, ninguém escolhe conscientemente sua orientação sexual. Assim como pessoas heterossexuais não escolheram sua atração por pessoas do sexo oposto. Evite perguntas indiscretas
“Quem é o homem/mulher da relação?" - em um relacionamento homoafetivo, não existe a presença de um terceiro. Apenas duas pessoas do mesmo sexo que se amam. Perguntas como essa são desnecessárias e extremamente preconceituosas. Exclua do seu vocabulário a justificativa: “Não tenho nada contra, tenho até amigos que são”
O fato de conviver com pessoas LGBTQIAP+ não lhe dá permissão para fazer piadas ou ofensas de cunho homofóbico. Lembre-se de que, desde junho de 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) considera a discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero um crime. Com base nessas informações, cabe a cada um de nós estarmos presentes nessa luta pelo reconhecimento e pelos direitos da comunidade. Afinal, pequenos gestos podem tornar nossas relações com amigos e familiares mais saudáveis e inclusivas. É importante lembrar que cada ato conta e faz a diferença para construir uma sociedade mais igualitária e respeitosa.